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Stay Stacked: Compreender a motivação

Lynn Gilmartin/Silvia Almeida
Lynn Gilmartin/Silvia Almeida
5 min. de leitura
Stay Stacked

Encontrei recentemente um website excelente chamado The 99 Percent onde li um artigo sobremotivação no local de trabalho. Dizia "O que realmente mantém a criatividade ligada, bem, somos nós mesmos. Ou seja, a motivação intrínseca. Se nós pudermos imaginar uma conquista e ver-nos a nós próprios progredir em direcção a essa meta, e perceber que estamos a ganhar novas habilidades e conhecimentos, estaremos motivados para fazer um óptimo trabalho."

É exactamente onde tudo começa no poker. Então o que acontece quando um jogador se enquadra na mentalidade "Sou o jogador mais azarado do mundo" depois de ter os seus ases cracados por reis a terceira vez no mesmo dia? A motivação pode cair da mesma maneira que cairia a alguém que tivesse um patrão que não permitiria que fizesse grandes projectos que saberia que eram capazes de. A pessoa está impedida de alcançar sucesso nas situações que acredita que podia ter.

Com os jogadores de poker a viveram numa montanha russa gigante de sucesso e falha, uma série de bad beats ou fracos resultados são o maior factor que diminui a motivação muito mais do que a uma pessoa média. Isto é, se não tivermos cientes de como manter o controlo disto.

A Harvard Business School lançou um estudo de 238 pessoas de sete empresas onde todos os dias os participantes tiveram de colocar em publicações diárias como classificou o seu dia de trabalho, emoções, motivações, etc. No fim da pesquisa, os 12000 registos forneceram evidências concretas que"As pessoas têm os seus melhores dias e fazem o seu melhor trabalho quando lhes é permitido progredir."

OK, então estar no lado errado com apenas duas outs não é algo sobre o qual tenhamos controlo. Contudo temos controlo de muitos mais factores internos que afectam a nossa motivação do que podemos pensar. O estudo de Harvard continuou com recomendações para os empregadores assim como definir de forma clara os objectivos para os trabalhadores e responder ao sucessos e fracassos através do recurso à experiência como forma de aprendizagem, não apenas como momento de louvor ou reprimenda ( ou no caso dos jogadores de poker, um ganho ou uma perda). Isto é exactamente o que todos os jogadores de poker devem fazer por eles próprios.

Um livro que se tornou bastante popular no mercado de poker foi The Mental Game of Poker de Jared Tendler com o ex-editor da UK PokerNews, Barry Carter.

O Team PokerStars Pro Lex Veldhuis disse numa entrevista recente no PokerNews Podcast que The Mental Game of Poker foi "o melhor livro de poker alguma vez escrito, de longe." O livro de Tendler inclui um capitulo inteiro dedicado à motivação, por isso naturalmente eu recorri a ele para ter alguma ajuda para escrever este artigo.

Objectivos

Ao discutir objectivos, Tendler diz, "Se você está desmotivado certifique-se que os seus objectivos são sólidos. O ideal seria ter uma motivação estável. Isso significa que está constantemente e metódicamente a trabalhar para os seus objectivos. Isto também significa, que vai evitar o esgotamento e não jogar o suficiente por sucumbir à preguiça e proscrastinação."

Definiu, na realidade, objectivos a curto prazo para si próprio? São realistas? Algumas vezes temos objectivos que são tão focados no resultado final que nos sobrecarregam em vez de repartir o objectivo a longo prazo em mais curtos, os progressivos.

Tendler também explicou, "O esgotamento é o maior problema no poker porque os jogadores muitas vezes não têm noção de quão stressante pode ser jogar poker. A mente é tal e qual como o corpo, se a trabalhar demais, eventualmente ele vai esgotar, e vai ter falta de energia mental para tomar boas decisões. "

Veja o que quer e o que precisa para chegar lá. O que poderá querer alcançar esta semana, em vez de este ano? Eu tenho um fetiche por checklists. Por vezes adiciono coisas que são tão simples, só para ter a satisfação de os assinalar, literalmente, quando os termino. Eu gosto de ver isso como um reforço positivo, que me faz sentir como se estivesse a progredir e mantém a uma motivação em alta.

Medo e Tilt

"Os jogadores de poker muitas vezes não percebem que o medo, tilt e todos os problemas de confiança causam problemas motivacionais. Por exemplo, se ainda não descobriu como resolver o seu problema de tilt, não jogar poker é uma optima estratégia. O problema é que os jogadores evitam durante tanto tempo o tilt, esquecem-se que o tilt, e não a motivação, foi a causa original da sua falta de jogar. Eles pensam que estão preguiçosos ou desmotivados, mas na realidade têm um problema de tilt que não foi resolvido", diz Tendler.

Qe lições deve aprender? No início deste ano, eu escrevi um artigo sobre o porquê de já não usar o termo FML, que se relaciona intimamente com a motivação. No artigo eu referi-me a um conceito descrito por Eckhart Tolle no seu livroThe Power of Now. Tolle diz que mal estar, ansiedade, tensão, stress e preocupação são causados pelo medo do futuro. Culpa, remorso, ressentimento, mágoas, tristeza, amargura e todas as formas de não perdão são causadas pela concentração no passado.

E relativamente ao presente? Todos os jogadores de poker enfrentam bad beats regularmente. Então quando elas acontecem, deve lembrar-se que já fazem parte do passado. Veja o que aconteceu, aprenda com isso, mas de seguida deixe a emoção passar. Não entre com ressentimento, focado em quão terrível foi o outro jogador ou na má run que está a ter e não se permita entrar em tilt.

Na realidade alguma coisa mudou para si? Sim, mas de forma negativa. Diminui a sua motivação e bloqueia-o de ver as valiosas lições que recebe em cada situação, e progredir a partir das mesmas, tudo ao mesmo tempo marcando os objectivos a curto prazo.

Existem muitos outros factores que afectam a motivação e que pode ler mais sobre elas no livro de Jared The Mental Game of Poker. Se quiser uma cópia gratuita deste livro, deixe um comentário abaixo sobre a sua experiência pessoal com algum dos factores acima falados e como eles ajudaram a manter a sua motivação.

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Lynn Gilmartin/Silvia Almeida
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