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Estratégia Torneios Three-Handed com Eric Baldwin, Parte 1

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Kristty Arnett / Daniel Cordeiro
5 min. de leitura
eric baldwin

Em 2009, Eric "basebaldy" Baldwin teve um ano excelente. Durante as World Series of Poker, ganhou a sua primeira bracelete no Evento nº 34 com um buy-in de $1.500 no-limit hold'em, e terminou em terceiro no $10.000 World Championship pot-limit hold'em. Na sua curta carreira, já acumulou mais de $2.6 milhões em lucros.

Para vencer em qualquer torneio, os jogadores devem ter habilidades para jogar short-handed, até ao heads-up. O profissional da Ultimate Bet sentou-se à conversa com a PokerNews para discutir este conceito: Estratégia Torneios Three-Handed.

Vamos primeiro observar cada posição num torneio em que se joga three-handed. No botão, como vais jogar, considerando o tamanho das stacks e o tipo de jogadores nas blinds?

Se estiverem jogadores agressivos nas blinds e tiverem uma boa stack para re-raise, vou jogar um pouco mais tight definitivamente. Em algumas situações irei abrir o pote se estiver preparado para arriscar tudo com a mão que tenho, ainda pré-flop.

Pode ser complicado jogar pares pequenos e suited connectors aqui, pois não vais querer ir all-in pré-flop, e os teus oponentes vão tornar mais difícil uma ida ao flop.

Nesse caso, consegues arranjar um argumento para limp?

Ocasionalmente faço um limp com estas mãos se os meus oponentes tiverem muito para fazer shove. Se completarem a small blind e/ou check na big blind, consigo ver o flop com uma boa mão em posição. Se fizerem raise, posso fazer call, na esperança de os ver apostar grande parte dos flops, dando-me uma grande oportunidade para um semi-bluff e conquistar um bom pote se acertar em algo no flop. Contra oponentes observadores, é importante fazer limp com mãos mostruosas para disfarçar o range.

Nos dias que correm é caso raro chegar a uma fase three-handed de um torneio com dois jogadores tight. Caso isso aconteça, obviamente irei jogar de modo agressivo no botão, e terei cautela caso os meus oponentes mostrem resistência.

Ok, e na small blind? utilizas os mesmos principios para saber quando fazer raise para a big blind como quando consideras um raise do botão?

Na small blind procuro lembrar-me do que aconteceu em confrontos de blinds anteriores com este jogador. Se fiz raise e levei com re-raise da última vez, é provável que volte a fazer raise com grande parte das mãos. Isto porque espero que o meu adversário pense, "Ele sabe que é provável que lhe faça re-raise aqui, e está a abrir na mesma," e acaba por desistir de grande parte das mãos.

Se estiver a a fazer muitos raises e a levar grande parte dos potes e o jogador parecer começar a ficar irritado, não vou fazer raises com tanta frequência até encontrar uma boa mão ou até que reconstrua a minha imagem um pouco. Pergunto-me, "Como será que este jogador irá responder?" a cada acção possível. Faço isto antes de ver as minhas cartas e reajo de acordo com isso.

Que spots procuras para re-raise da small blind contra um raise do botão, tanto por re-steal ou por value?

Estou a prestar atenção a quantas vezes este jogador tem feito raise no botão. Quanto mais raises fizer, maior será o meu range de re-raise ou re-steal. O tamanho das stacks é muito importante aqui. Se o meu oponente tiver muitas fichas, preciso de estar consciente que o meu oponente pode fazer 4-bet a um re-steal ou call ao meu raise. Se achar que há uma boa hipotese de o meu raise ser pago, quero ter uma mão decente antes de ir ver o flop.

Agora na big blind. Como jogo esta posição?

Se o botão fizer raise e a small blind fizer fold, vou jogar de maneira semalhante ao que jogaria na small blind. Com a diferença de estar disposto a fazer call com mais frequência pré-flop, dado as pot-odds melhoradas e sabendo que não há mais ninguém atrás de mim que possa fazer raise para me tirar da mão.
Se o botão fizer fold, vou voltar a examinar os confrontos de blinds frente ao jogador na small blind. Se ele tem sido fraco na sua small blind e abrir com um raise, vou-lhe dar mais crédito do que daria se abrisse muitas vezes. Se ele for muito agressivo na small blind, preciso misturar alguns re-steal e call's. Em three-handed, grande parte das vezes, ninguém tem assim mãos tão fortes.

Podes esperar por grandes mãos e esperar ganhar. Encontrar modos de ganhar potes sem grandes mãos é essencial.

Achas possível explorar em demasia jogadas rentáveis em cada uma destas posições?

É definitivamente possível utilizar estas jogadas demais. É aqui que é importante misturar o teu jogo. Se estiver a roubar imenso e de repente estou a levar resposta, preciso de me ajustar. Os bons jogadores conseguem saber quando vão levar resposta. Este é um modo muito mais barato de ajustares o teu jogo do que simplesmente esperares que alguém te faça um re-raise.

Portanto de qualquer posição, quais são os maiores erros que vês os jogadores cometer quando ficam three-handed?

O maior erro terá de ser ver as pessoas confiarem demais numa boa mão ou esperarem por fazer uma boa mão.

Há mais algum conselho que darias a um jogador principiante?

O meu melhor conselho será avaliarem a situação antes de se preocuparem com as vossas cartas. Grande parte das vezes consegues descobrir o que se irá passar antes de realmente acontecer. Por vezes isto pode ser mais importante do que as cartas que seguras.

Na parte 2 deste artigo, Baldwin vai discutir como estes conceitos se aplicam a uma mão three-handed que jogava na disputa pela sua bracelete WSOP.

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Kristty Arnett / Daniel Cordeiro

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