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Site de poker online cria taxa controversa para mostar as cartas dos adversários

Augusto Silva
Editor Chefe
Jon Sofen
Jon Sofen
4 min. de leitura
ClubWPT Gold Online Poker

Um site de poker baseado em moedas virtuais (sweeps coins) que já criou polémica várias vezes no último ano voltou recentemente a estar no centro das atenções. A razão? Uma nova funcionalidade que permite aos jogadores verem as cartas que os adversários foldaram.

A funcionalidade, apelidada de "taxa de idiota" pelo profissional Matt Berkey, está disponível em exclusivo no ClubWPT Gold. Para ver as mãos que foram foldadas, os jogadores têm de pagar o equivalente a três big blinds após o final da mão. Enquanto alguns profissionais consideram esta opção prejudicial para o jogo, outros defendem precisamente o contrário.

Site de poker implementa funcionalidade polémica

A maioria dos sites de poker online permite ver as cartas de um jogador que perdeu no showdown, especialmente em situações de all-in. Mas nunca nenhum operador tinha dado a possibilidade de pagar para ver todas as mãos foldadas na mesa. Até agora.

A nova funcionalidade, lançada recentemente pelo site de sweeps coins que opera sob a marca World Poker Tour (WPT), gerou reações imediatas. O profissional Rob Kuhn partilhou no X um vídeo que lhe foi enviado a mostrar como funciona a opção de revelar as mãos.

No final de cada mão, aparece um botão no canto superior esquerdo do ecrã oferecendo a opção de pagar três big blinds para expor todas as hole cards da mesa. Por exemplo, se a big blind for $5 (SC 5 num site de sweepstakes), o jogador paga $15.

"Na verdade isto é ridículo. Uma taxa de idiota faria sentido se fosse revertida para os jogadores; acontece muitas vezes no poker ao vivo. Mas o SITE vender os dados dos jogadores, em pleno jogo, cobrando uma taxa extra além do rake já questionavelmente alto... façam melhor", escreveu Berkey.

Nos limites mais altos do site, a taxa é de apenas duas big blinds. Nem todos são contra a inovação, já que alguns acreditam que pode até ser positiva.

"Pode-se argumentar que isto ajuda a prevenir partilha de informação e batota. Se consegues ver o que todos tinham após a mão, consegues perceber se alguém jogou de forma estranha ou possivelmente em collusion. Eu acho que é até uma funcionalidade de segurança interessante", defendeu Hayley Hanna.

Bradley Martin (@Bradley88995765) acrescentou que não acredita que "a reação negativa vá superar os lucros" e prevê que muitos jogadores estejam dispostos a pagar pela opção.

A conta oficial do ClubWPT Gold no X publicou também um vídeo explicativo da funcionalidade, onde aparece Garrett Adelstein, com uma referência em tom de piada ao famoso escândalo do “J4”.

Doug Polk critica o ClubWPT Gold

Mesmo sendo embaixador do ClubWPT Gold, Doug Polk não poupou críticas à nova funcionalidade. Num vídeo no seu canal de YouTube, o profissional explicou que, embora reconheça que possa ajudar a detetar situações de batota, considera que os aspetos negativos superam largamente os positivos.

Polk classificou a opção como uma "taxa sobre os jogadores mais fracos", já que não acredita que os profissionais utilizem esta ferramenta. O norte-americano admitiu ainda que não gosta da ideia de o valor pago ir diretamente para o site em vez de ser redistribuído pelos jogadores.

O ClubWPT Gold já tinha dado que falar no passado recente, como na polémica promoção de $1 milhão de bónus durante as World Series of Poker (WSOP), que levou a que uma das braceletes não fosse atribuída. Já no inverno passado, o site tinha atraído atenções de forma mais positiva com um histórico freeroll de $5 milhões realizado durante o WPT World Championship no Wynn Las Vegas.

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