Klemens Roiter garante primeira bracelete e $1.204.457 ao vencer o MONSTER STACK das WSOP
Menu de Conteúdos
Depois de quatro dias intensos nas mesas do Horseshoe e Paris Las Vegas, apenas sete jogadores regressaram para disputar o quinto e último dia do Evento #37: $1.500 MONSTER STACK nas World Series of Poker 2025. No final, foi o austríaco Klemens Roiter quem conseguiu alcançar o sonho de todos os finalistas — conquistar a bracelete de ouro e um prémio milionário.
Num dos torneios mais populares desta edição das WSOP, Roiter bateu um gigantesco field de 9.920 entradas para garantir o primeiro prémio de $1.204.457. No heads-up, levou a melhor contra o norte-americano David Uvaydov após um duelo cheio de reviravoltas, levando a maior fatia do prize pool total de $13.148.390.
Em 2024, foi Pedro Neves quem escreveu história ao vencer este mesmo torneio e conquistar a sua primeira bracelete WSOP. Este ano, Portugal voltou a estar em descaque com uma incrível deep run de Sérgio Veloso, que terminou na 25ª posição na sua estreia nas WSOP ao vivo.
“É um sonho tornado realidade”
Após alcançar o maior prémio da sua carreira e conquistar a sua primeira bracelete WSOP, Roiter revelou que ainda precisava de tempo para assimilar a conquista:
“Não consigo descrever o que sinto depois de tentar durante tanto tempo. É um grande sonho tornado realidade. Um field gigantesco… difícil de explicar. Acho que vou precisar de alguns dias.”
O austríaco contou que já tinha feito algumas deep runs no passado, incluindo uma mesa final nas Bahamas, mas esta foi a primeira vez que chegou a uma final table em Las Vegas — e logo com direito a bracelete.
“Significa tudo. É inacreditável ganhar este torneio.”
Resultados da Mesa Final do Evento #37: $1.500 MONSTER STACK
| Posição | Jogador | País | Prémio |
|---|---|---|---|
| 1 | Klemens Roiter | Áustria | $1.204.457 |
| 2 | David Uvaydov | Estados Unidos | $802.346 |
| 3 | Ashish Gupta | Austrália | $604.277 |
| 4 | Ivan Ruban | Rússia | $458.090 |
| 5 | Daniel Lei | Estados Unidos | $349.562 |
| 6 | James Leonard | Estados Unidos | $268.520 |
| 7 | Dylan Linde | Estados Unidos | $207.647 |
| 8 | Mario Colavita | Itália | $161.656 |
| 9 | Jeremy Dan | Estados Unidos | $126.705 |
Do lado certo da variância
Chegando ao último dia com a segunda maior stack e uma mesa final bastante difícil pela frente, a mentalidade e abordagem de Roiter mantiveram-se inalteradas. Quando questionado sobre o seu plano de jogo, disse:
"Sabes, como encaro todas as mesas finais. Tento dar o meu melhor, preparo-me, faço o melhor que consigo e depois logo se vê. Com sete jogadores ainda em prova, há tanta variância no jogo. Precisamos de boas cartas. Tive esta mão contra o Dylan Linde, ases contra reis, tive imensa sorte. Se essa mão não acontece… no fim é pura variância. Sem dúvida que a variância esteve do meu lado."
Roiter descreveu este momento como um ponto de viragem crucial na mesa final — o cenário perfeito contra um jogador respeitado, que lhe permitiu saltar para o topo do chip count.
“Desculpa Dylan, foi um cooler gigante,” disse Roiter, enquanto os dois se cumprimentavam após a eliminação de Linde.
Heads-Up de reviravoltas
O confronto final com Uvaydov foi uma verdadeira montanha-russa de emoções, com várias trocas de liderança. Roiter chegou a cair para apenas 60 milhões de fichas (cerca de 10 big blinds), mas deu a volta com dois double-ups consecutivos — primeiro com ás-dois contra rei-nove e depois com damas contra ás-dois.
“A partir daí pensei, sim, acho que consigo ganhar isto.”
Depois disso, Roiter foi ganhando potes médios até à mão final, onde shovou com valete-três e foi pago por Uvaydov com rei-dois. Um três no flop foi suficiente para selar a vitória.
Roiter acredita que a experiência recente num heads-up de quatro horas no Evento #20: $1.500 SHOOTOUT o ajudou mentalmente neste momento decisivo.
E para o resto do verão, o objetivo é claro: “Vou jogar o resto dos eventos e tentar ganhar mais braceletes. É isso.”





