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João "Jomané" Nunes: 11.ª Temporada do EPT. E agora?

2 min. de leitura
joão nunes

Por João Nunes*

Após a febre das World Series of Poker em Vegas e das merecidas férias que se seguiram, os jogadores estão, agora, prontos para uma nova temporada do EPT, que começou no mês passado em Barcelona.

Juntamente com as comemorações do facto de este ser o 100.º Main Event EPT, o EPT Barcelona foi notícia também por outras razões, com um enorme field que quebrou vários recordes e resultou num prizepool fenomenal de €7.255.600.

Sem dúvida que havia uma enorme expectativa para esta edição especial em Barcelona. Mas qual será o próximo marco a ter em atenção nos EPTs 101, 102 e 103?

Talvez os eventos da última temporada tenham tornado o trabalho dos comentadores mais difícil, agora que não podem enfatizar a hipótese de um primeiro bicampeão aos espectadores. A resposta a essa questão já foi dada por Vicky Coren. E agora?

Quem será o primeiro a ganhar três EPTs?

Quem será o primeiro a ganhar dois EPTs na mesma temporada?

Será este ano que Daniel Negreanu junta o título do EPT ao seu currículo?

Estas e outras questões vão despertar um grande interesse entre os espectadores e os adeptos de poker. Mas para mim não chegam. O poker está a tornar-se cada vez mais maduro hoje em dia. Acho que é mais importante pensar no poker como um desporto e focar menos em cada torneio como uma questão de descobrir o próximo milionário.

Muitas vezes fui crítico quanto ao montante que um grupo de jogadores de elite gastam em eventos High Roller, Super High Roller e torneios de $1 milhão de buy-in. Mas à medida que o tempo passa, penso que este grupo de elite será responsável, em grande parte, pela popularidade do poker no futuro. São eles que vão manter os fãs a olhar para a TV e para os monitores dos computadores com as suas performances na mesa de poker.

Independentemente disso, será interessante ver se os directores de torneio dos grandes circuitos conseguem criar um modelo comunicativo de torneios de poker que o aproximem mais das Ligas de outros desportos. Modelos fechados como a Liga dos Campeões no futebol ou semi-fechados como os Grand Slams do ténis são bons pontos de partida para a emotividade no início de cada temporada. Também aumentam a popularidade dos jogadores, assim como a do jogo em si.

Eu sei que não estou propriamente a apresentar uma solução completa. Mas esse não era o meu objectivo. Quero que os torneios de poker conquistem o respeito de toda a gente, desde jogadores a adeptos e ao mundo mais vasto. Fazer os directores pensar no futuro é uma boa forma de assegurar que continua no bom caminho.

*João Nunes é membro da Team PokerStars Pro

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