5 Pensamentos: Dan Smith, O Rei do Mundo

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Set 04, 2012 8 min. de leitura

Ganhar cinco torneios é difícil, muito difícil. De acordo com o Hendon Mob, Eugene Katchalov ganhou o seu quinto torneio nasWorld Series of Poker 2011. b]Andrew Lichtenberger[/b] tem quatro vitórias em torneios ao vivo. Erik Cajelais tem duas e Kyle Julius, que encaixou quase 42.2M em 2012 nunca ganhou um torneio ao vivo.

Se ganhar um torneio é tão difícil, ganhar cinco deve ser impossível, certo?
Não digam isso ao "Rei" Dan Smith.

Smith começou 2012 em grande ao ganhar o Aussie Millions $100.000 Challenge e levar para casa $1 milhão. No final de Abril, começou uma das mais impressionantes runs na história do poker, ao ganhar três side events de €5.000 no PokerStars and Monte-Carlo® Casino European Poker Tour Grand Final.

King Dan não conseguiu a sua primeira bracelete WSOP no verão mas conseguiu 5 ITMs, incluindo 3 resultados no top 17 e um terceiro lugar no Evento #50: $5,000 No Limit Hold’em ($368,943).

E não teve que esperar muito pelo resultado seguinte, já que no Domingo ganhou o EPT Barcelona €50,000 Super High Roller e mais de €1M e a sua quinta vitória de 2012.

Quando Smith chegou ao heads-up contra JC Alvarado, Jonathan Aguiar colocou no Twitter o seguinte:

Vamos ver o nosso primeiro pensamento

1. Dan Smith 2012 vs. Erik Seidel 2011

À semelhança de Smith, o ano inacreditável de Erik Seideltambém começou por terras australianas no Aussie Millions 2011. Não ganhou o $100.000 Challenge mas ficou em 3º.

Ah!E depois foi ganhar o $250,000 Super High Roller.

Aqui estão os vinte melhores resultados de Smith e Seidel nos seus anos de sonho:

2011 Erik Seidel

2012 Dan Smith

_{*houve 5 rebuys}

É fácil olhar para o dinheiro ganho e dizer que o 2011 de Seidel foi mais impressionante, mas Smith conquistou fields muito maiores a nos seus vinte melhores resultados. De facto, em média, o tamanho dos fields em que Smith competiu é 7.79 maior que os de Seidel e, mesmo assim, a sua média de resultados é maior. Seidel nunca terminou no Top 20 de um field de quatro dígitos enquanto Smith terminou em 17º, 10º e 3º.

Também é importante relembrar que Smith tem ainda mais quatro meses até ao final de 2012 e à velocidade que vai não como prever onde pode acabar.

A run de Seidel foi insana e não lhe fica atrás. Aliás, se tivesse que escolher, escolheria Seidel porque é muito melhor em mixed games e já provou que se consegue adaptar a diferentes jogos, mas a run de Smith tem sido mais impressionante até agora.

O que acham?

2. Acordos na mesa final

Foi criada uma nova regra na nona temporada do PokerStars EPT:

42. O jogador tem conhecimento e concorda que os finalistas apenas podem discutir qualquer tipo de acordo ou redistribuição de prizepool restante enquanto estiverem sentados na mesa final e um representante da organização do torneio deve estar presente durante toda a discussão e consequentes decisões.

Podes encontar esta e todas as outras regras no site do EuropeanPokerTour.com
Se seguiste o EPT através da PokerStars.tv então provavelmente viste acordos serem feitos. Neil Johnson, profissional de Poker Ao Vivo da PokerStars disse-me que preferia que o processo acontecesse em aberto por duas razões: 1)é uma parte essencial do torneio e 2) a PokerStars pode ajustar os payouts e evitar que os seus clientes sejam enganados.

Johnson acertou mesmo em cheio.

A capacidade de fazer um bom acordo é importante num torneio de poker. Em Maio, falámos de Nick “GripDsNutz” Grippo porque conseguiu um excelente acordo no $10,000 SCOOP Main Event. Num spot em que poderia ter cedido facilmente e ter aceite chip-chop, ele fincou pé e basicamente acabou por receber $128.000 de cada um dos seus dois adversários. Se não houvesse um sistema apropriado de fazer acordos na PokerStars, Grippo podia ter levado duas bad beats e ter acabado em terceiro, custando-lhe centenas de milhares de dólares.

Ao contrário do EPT e outros eventos patrocinados pela PokerStars, as WSOP nem sequer permitem acordos. Seja para proteger o prestígio das braceletes, ou evitar conflitos de impostos, as WSOP não têm qualquer interesse em facilitar chops, forçando os jogadores a fazerem intervalos não planeados e fazerem talvez acordos entre eles. Isto é mau, tanto para o jogo como poderá ser potencialmente perigoso para os jogadores. Muito poucos grandes torneios chegam ao fim sem alguma espécie de acordo na mesa final portanto, forçar os jogadores a lutar por diferenças astronómicas nas WSOP é injusto. Também é injusto forçar os jogadores, alguns dos quais amadores, a fazerem acordos em cantos e portas traseiras, quando estão longe das mesas e vulneráveis. Sou a favor de um jogador discutir até ao último cêntimo, mas acho sempre preferível que o faça à mesa onde os dealers, o staff e até os media podem abservar.

3. One for the thumb

Na segunda-feira, Kyle Cartwright ganhou o Main Event das World Series of Poker Circuit IP Biloxi e ganhou $107.992, um lugar no National Championship 2012 e o seu quinto anel de ouro.

Cartwright está agora empatado com Mark “Pegasus” Smith para o record de todos os tempos. Smith ganhou o seu primeiro anel em Outubro de 2006 no Harrah’s Tunica Casino e a primeira vitória de Cartwright no circuito foi em Fevereiro 2011 no mesmo local. Oito dias depois, Cartwright ganhou o seu segundo anel.

Jessica Welman, a editora principal do WSOP.com, tweetou um facto engraçado depois da vitória de Cartwright:

Esta vitória foi o segundo prémio de seis digitos de Cartwright da sua carreira. O primeiro chegou em Abril 2011 quando ganhou o $1,600 WSOPC Main Event no Harrah’s St. Louis. Após sete vitórias em torneios ao vivo, Cartwright conta aggora com mais de meio milhão de dólares em ganhos.

4. Blom e a PokerStars separam-se

Na semana passada, Viktor “Isildur1” Blom e a PokerStars separam-se. Tudo indica que terá sido uma separação amigável, com Eric Hollresier, director de comunicações a chamar-lhe de "comum acordo" e Blom a admitir que "só queria concentrar-se em jogar poker".

A especulação comelou imediatamente no 2+2 e o consenso é que Blom poderá potencialmente fazer parte da nova equipa da Full Tilt Poker, que será lançada a 6 de Novembro. Pessoalmente, duvido seriamente que Blom se torne um Team Full Tilt ou um "Red Pro" porque a PokerStars não tem incentivo nenhum para pagar a Blom e Blom não quer a responsabilidade.

Quando a Full Tilt regressar ao mercado e a acção nose bleed recomeçar, Blom irá jogar e não precisa de nenhum incentivo. Ou seja, não é preciso pagar-lhe para ele fazer o que já faria normalmente.

A revelação de Blom no PCA 2011 foi anti climatica. Se Bill Clinton ou Tupac Shakur tivessem aparecido num hoodie da PokerStars isso sim, seria notícia. Mas todos já sabiam que seria Blom a aparecer, graças ao Tony G e outros que tais. Blom começou a jogar um silencioso heads-up contra Bertrand “ElkY” Grospellier e não disse uma única palavra durante a maior parte dos dois anos seguintes. Claro que houve o SuperStar Showdown mas não é preciso dar um patrocínio a Blom para ele jogar quatro ou mais mesas de heads-up contra os mellhores.

Blom não tinha interesse em falar com os media - disseram-nos que "tímido com as camaras". Era frequente usar a carta do"não falo inglês" mesmo apesar de Luke Schwartz parecer ser um dos seus melhores amigos. E finalmente, raramente (se é que alguma vez o fez) interagia com os seus fãs. Não podes ser um Team PokerStars Pro se não te interesse ser um team Pro.
Blom merece todo o crédito por ter admitido isso mesmo e dizer que só quer jogar poker. Obrigado por ser honesto e boa sorte.

5. Juanda fala sobre Full Tilt Poker

No dia 2 do EPT Barcelona €50,000 Super High Roller, a Kristy Arnett teve a oportunidade de falar com o antigo Team Full Tilt John Juanda. Juanda disse a Arnett que, apesar de não estar envolvido na direcção da empresa, se sentia mal por o dinheiro das pessoas estar congelado.

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