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Os Insiders: Ty Stewart das WSOP fala da Legislação do Poker Online, WSOP Asia Pacific, e Mais

Duarte Cunha-Real
Duarte Cunha-Real
7 min. de leitura
The Insiders

As World Series of Poker não estariam onde estão hoje sem o seu Director Executivo Ty Stewart. Desde que se juntou às WSOP e ao Caesars Interactive Entertainment (antigo Harrah's), em 2005, Stewart desempenhou um papel fundamental não só no crescimento das WSOP mas também na indústria como um todo, mesmo apesar dos eventos relacionados com a Black Friday.

Stewart, que chegou ao Caesars depois de ter passado vários anos no departamento de Marketing da NFL, e responsável pelo marketing, gestão de eventos, televisão, patrocínios e licenciamento para as WSOP e WSOPE. Ele é o principal responsável por termos tido emissão quase ao vivo no Main Event das WSOP e a razão pela qual muitos jogadores sentados nas mesas de televisão tiveram a oportunidade de ter patrocínios vantajosos.

Com conversações sobre a legislação do poker online no horizonte nos Estados Unidos, Stewat acha que as WSOP estão longe de atingir o seu potencial. Sentamo-nos com Stewart para discutir o tópico nesta edição do The Insiders.
Lançaste recentemente o calendário para as World Series of Poker 2012 em Las Vegas. Podes falar sobre algumas das alterações para este ano?

Bem, vai ser o maior em termos de capacidade e palco. Esse é o nosso objectivo todos os anos. Continuamos a tentar fazer as coisas maiores a cada ano. Criar um espectáculo que atrai pessoas para ao jogo e cria novos jogadores. Acho que a panóplia de eventos será a melhor que alguma vez tivemos. Temos algo para todos os gostos, como os torneios com reentrada para dar início às Series, que dará a aoportunidade a um jogador de um torneio de $1.500 multiplicar o seu dinheiro e chegar aos eventos de $1 milhão.

Temos inovações no calendário - tentamos faze-lo todos os anos - como o ante-only e o heads-up de PLO. Ouvimos imensas ideias durante todo o ano e tentamos dar resposta aos clientes.

Em Janeiro, o Twitter das WSOP indicou que os November Nine poderiam acabar este ano. Descobrimos mais tarde que afinal os November Nine seriam os October Nine. Com o sucesso da transmissão quase ao vivo do Main Event na ESPN, consideraste seriamente eliminar os November Nine?

Não, nunca, Achamos que o formato da mesa final é muito melhor que jogar as series até ao fim em Julho. É comprovadamente melhor em termos de oportunidades comerciais para os jogadores, melhor em ratings, exposição do evento na televisão e a antecipação do grande final. É simplesmente melhor para fazer crescer o jogo.

É capaz de ser a única altura do ano em que o poker realmente parece um desporto. A plataforma mais poderosa que o poker tem é o bloco desportivo Às Terças à noite na ESPN. Portanto queremos aproveitar o poder de 16 semanas em horário nobre e da melhor forma possível. Não apenas em dois dias de live streaming.

Se terminassemos em Julho, estaríamos essencialmente a desperdiçar 16 semanas de cobertura em horário nobre e a possibilidade de atrair telespectadores na ESPN. É a receita para eu perder o meu emprego e fazer um mau serviço a favor da indústria.

Estiveste de acordo com o conceito dos November Nine desde o início?

Não gosto de receber os créditos todos, mas esta plataforma sempre foi o meu bébé. Se acho que este conceito tem mais potencial? Sim, acho. Se acho que devemos tentar fazer o evento maior a cada ano? Sim, acho. Este ano, aumentamos a cobertura dos media. Ter todas as mãos de um torneio de poker na televisão nacional, parece-me bastante importante.

Mencionaste o torneio de $1M. Quantos jogadores tens confirmados até agora?
O número ultrapassa os 30. Acho que está nos 33 neste momento. São jogadores que se comprometeram com o Guy (Laliberté) e acho que são muito credíveis e realmente cumprirão com a sua palavra.

Achas então que vai atingir o cap de 48?
Acho que é muito possível. Acho que é quase inconcebível agora mas veremos o que acha a comunidade quando souber quem vai estar em termos de jogadores não profissionais. Vamos ter qualifiers regionais de baixo valor através do programa de satélites e vários empresários bem sucedidos. É espantoso perceber que um único evento poderá injectar milhões de dólares na economia do poker. Acho que os jogadores farão tudo o que puderem para juntar recursos para tentar ter os pros +EV na mesa.

Que empresas patrocinadores tens preparadas para as WSOP deste ano?
Temos a Jack Links de volta para patrocinar o evento e a transmissão, o que é muito importante já que a ESPN perdeu alguns dos seus anuciantes mais importantes após a Black Friday. Esse apoio à produção da ESPN é necessário para que a nossa presença em horário nobre seja viável.
Para além disso, temos a Miller Light renovada e à espera de trazer umas coisas enxitantes. Temos também a Red Bull, a Klipsch e a Dearfoam. Mantivemos os patrocinadores do ano passado e estamos em conversações com eventuais novos parceiros.

Quão difícil é conseguir alguns parceiros que mais querias depois da Black Friday?
Não acho que a Black Friday tenha tido muito efeito. Tem sido uma batalha desde o Dia 1. Muitas organizações vêem-nos essencialmente como controversos e ainda comparam o poker com desportos de entrada livre. Não, a Madison Avenue não se entusiasma muito com manchetes sobre esquemas Ponzi e DOJ, mas nós estamos bem.
Não conheço outra empresa de poker que tenha relações corporativas significativas. Encontramos algumas empresas especiais para parceiros e o papel do patrocínio não é necessariamente encher os nossos bolsos. Estamos a tentar fazer crescer a distribuição do jogo. Acho que é muito importante quando empresas como a Jack Link ou a Miller levam a marca WSOP para fora dos casinos, em milhões de embalagens distribuídas em lojas e mercados. É uma oportunidade de alargar o jogo. E ficamos muito satisfeitos quando a experiência do evento melhora através destas parcerias.

Servimos quase 100.000 Red Bulls grátis no ano passado. Adorei que todos os participantes do Main Event tivessem recebido um par de chinelos da Dearfoam. E todos vimos o que aconteceu na televisão quando não há um apoio sólido de empresas. Subitamente, os programas começam a desaparecer.

Parece que todos os dias há mais estados a olhar para o jogo online. A regulamentação do poker online que impacto teria nas WSOP?
Acho que iríamos conseguir revolucionar a categoria. Obviamente, acho que teríamos muito sucesso porque temos pessoas inteligentes e genuínas como Mitch Garber, CEO do Caesars Interactive Entertainment, que liderou o site nr1 de poker do mundo, a PartyPoker].

Das grandes empresas de jogo, nós temos mais clientes na nossa base de dados, mais tráfego nas nossas salas, mais propriedades em mais territórios que todos os outros. Claro que esperaríamos poder oferecer produtos bons e ter jogos com liquidez significativa mais frequentemente. A confiança dos consumidores tem sido sempre a maior barreira para os jogadores online e a Caesers tem edifícios em todo o lado. As pessoas sabem onde nos encontrar. E nós nunca viraremos costas aos nossos clientes.

Também acho que poderíamos fundamentalmente reinventar o nosso valor. Já temos o melhor programa de recompensas do mercado e tenho a certeza que consideraríamos um programa que contemplasse os jogadores online e que abriria um novo mundo de incentivos: hotéis, restaurantes, buy-ins, merchandising. Não serão apenas os pros que receberão o rakeback. Todos os clientes teriam direito aos incentivos e todos podemos imaginar quão bons seriam os eventos derivados de uma parceria online e ao vivo.

Para responder à tua pergunta, sobre o que faria às WSOP, acho que iriam explodir. E não estou a falar de 2006. Estou a falar de um Main Event com 15.000 pessoas. A maior parte das salas que oferecem pacotes para as WSOP concentram os seus esforços em dois ou três meses. Obviamente iríamos trabalhar todo o ano para as WSOP e com um número incomparável de promoções. Seria uma parte de essencial da nossa estratégia. Acho que os melhores dias ainda estão para vir.

Vimos as WSOP expandirem para outros países recentemente. Agora foi no Sul de África. E os rumores dizem que o próximo destino poderá ser a Asia. Podes dar-nos alguma informações sobre isto?

Nas World Series of Poker, achamos que temos uma plataforma única para criar mais torneios significativos e autênticos - torneios que podem oferecer os maiores prizepools e a maior cobertura dos media. Portanto, queremos utilizar isso para fazer crescer o jogo e as oportunidades. Não queremos ser um circuito de poker. Queremos estar no negócio do Grand Slam.

Achamos que pusemos as WSOP Europe no caminho certo e alinhadas com os padrões da WSOP. E acho que sim, que em breve poderão ver-nos a virar as nossas atenções para fazermos algo em grande escala.

Tens alguns grandes planos que devamos saber?
Estamos entusiasmados com a transmissão deste ano. Sabemos que vamos ter novamente a cobertura de todas as mãos da final table e estamos muito orgulhosos por termos conseguido expandir a presença do jogo nesta altura complicada para a indústria.
Estamos a aumentar de capacidade nas WSOP. E estamos entusiasmados com as perspectivas das WSOP Europe. Achamos que continuamos à frente e a ser o orgulho da indústria. Estamos orgulhosos das WSOP. É aqui que a mística do mundo do poker acontece de uma forma que o resto do mundo reconhece.

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