Jornalista hackeia baralhador automático e prova batota no poker – vê o vídeo!
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Os baralhadores automáticos podem ser hackeados para fazer batota no poker? Um jornalista pôs a questão à prova num novo vídeo que explora as vulnerabilidades de baralhadores de cartas como o Deckmate 2, usados em casinos e salas de poker em todo o mundo.
O vídeo, intitulado “I Cheated At Poker By Hacking A Casino Card Shuffling Machine”, acumulou mais de 100.000 visualizações em menos de 24 horas. Nele, o editor sénior da WIRED, Andy Greenberg, fala com o consultor de segurança e especialista em hacking Joseph Tartaro e com o profissional de poker Doug Polk antes de manipular um baralhador e testá-lo num cenário do mundo real.
Hacking do Baralhador & Sinais
Tartaro passou anos a investigar como os baralhadores automáticos podem ser usados para fazer batota em jogos como o poker. No vídeo, ele mostra a Greenberg que a porta USB na traseira dos baralhadores os torna vulneráveis a ataques. Demonstra isso ao ligar um dispositivo capaz de ler a ordem das cartas.
“Este dispositivo tem um módulo Bluetooth e liga-se sem fios a este telemóvel”, explica Tartaro no vídeo. “E cada vez que um baralho é baralhado, obtém a ordem exata a partir da câmara no baralhador e envia-a para mim.”
Com o baralhador manipulado pronto para testes, Greenberg organizou um jogo privado de poker com Tartaro e dois jogadores que não faziam ideia do que estava a acontecer. Tartaro, que tinha acesso à ordem das cartas no seu telemóvel, enviava sinais a Greenberg para este foldar, dar call ou raisar, apenas mexendo nas fichas.
Como resultado, Greenberg conseguiu jogar praticamente na perfeição e venceu facilmente o sit-and-go, apesar de não ser um jogador experiente.
Os Jogadores Devem Preocupar-se?
Hackear baralhadores automáticos de cartas é uma das várias formas modernas de batota que têm surgido com o avanço da tecnologia. Em 2024, a psicóloga Maria Konnikova explicou à PokerNews que nano-câmaras tornam protetores de cartas, dispositivos eletrónicos e até óculos de sol potenciais riscos de batota na mesa de poker.
Embora os baralhadores automáticos sejam comuns nas salas de poker, Doug Polk, proprietário do The Lodge no Texas, acredita que o maior risco está nos jogos privados e não regulados, e não nos casinos.
“O Deckmate 2 num casino é algo com que não precisas de te preocupar demasiado”, afirmou o criador de conteúdos. “Os casinos têm contratos e técnicos licenciados que tratam de qualquer problema. O problema surge quando alguém compra um Deckmate 2 no mercado negro ou em segunda mão — aí já não é mantido pela empresa. Há um tipo qualquer a arranjar a máquina na garagem e depois mete-a na mesa.”
“Já ouvi tantas histórias de batota com pessoas a usar estes baralhadores para enganar jogadores quando o jogo não acontece num casino.”
Um porta-voz da Light and Wonder, o fabricante que produz o Deckmate 2, afirmou à WIRED que as falhas de segurança foram resolvidas e que o firmware de todos os baralhadores Deckmate foi atualizado gratuitamente em todo o mundo. Ainda assim, Tartaro acredita que as máquinas continuam a representar um risco de batota.





