Imprensa Marrom
Apelido dado a galera no Rio Poker Fest pelo Robigol.
Que é a imprensa marrom?
É uma galera que transmitia torneios on-line somada ao Murta da CardPlayer o Juju da Flop e o Sergio da ESPN/Poker Stars e meu Irmão Ale do Superpoker.
Eu andei escrevendo lá na revista ao respeito, vou lembrar alguns trechos.
Na realidade a gente se juntou mais ainda no LAPT do Rio quando pela primeira vez convivemos com jornalistas de fora e dividindo espaço e jogadores.
A partir de aquele momento a Imprensa Marrom virou um grupo unido e fechado, independente do site que a gente representava tocávamos figurinhas, chamo figurinhas a troca em off de fotos e informações entre a gente o que ajuda o outro em muito e mantém o nível que apara alguns e competitivo numa delícia de harmonia e risadas.
Graças ao PokerNews eu andei viajando e estreitando laços com os manos de fora e o clima nosso chamou a atenção e parece que o movimento convivência para mais informação teve novos adeptos.
Todos ganhávamos com isso.
Meio que nos queimávamos às vezes quando éramos copiados, porém faz parte.
Como saber que estávamos sendo copiados?
Facinho rsrsrsrs
A gente metia uma letra a mais ou mudava o último número na hora do chip count…
Por exemplo eu me lembro ter colocado um jogador com 37,951 fichas rsrsrs.
Porra se começava com 25/50 seria impossível o mano ter um stack com final 1 ou às vezes eu muito do engraçadinho inventava um jogador na lista e o mano entrava de cabeça no control C rsrsrsrs.
Ser jornalista de Poker hoje é uma profissão nova, alguns já com talento comprovado, outros com experiência anterior e alguns, como no meu caso fanfarrão metido a noticiar fazemos parte dela.
É como qualquer outra labuta, a soma de esforço talento e renúncia.
Viajamos no Brasil e fora dele e fazemos parte do show que virou hoje o Poker, a nossa torcida pessoal não podemos de jeito nenhum transparecer, apesar que temos nossos favoritos, situações como a minha que tem meia dúzia de pessoas que não engulo e a recíproca, não podem modificar a nossa obrigação o cara não gosta de mim e eu menos dele, porém tenho que fotografar, relatar as suas jogadas e às vezes até fazer vídeo.
A obrigação é noticiar sempre, com clareza, velocidade e com total imparcialidade.
Meus companheiros de caminhada, Murta, Juju e Sérgio Prado Ale muitas vezes devem se fazer a mesma pergunta que eu me faço, vale a pena?
Vale, e vale muito, porque estamos contribuindo para que o esporte que gostamos tenha sua divulgação séria.
"Conhecerás a terra prometida, mas dela não habitarás" diz o Livro da Lei, a gente tem as vezes a bala pra engatar e o talento, e vê que a galera registrada é um sonho, porém temos que fotografar, escrever e contar as paradas dos manos, jogar nem pensar.
Assumir a responsabilidade de escrever para muita gente é uma tarefa titânica que implica um desafio pessoal grande.
Eu andei roubando um tempo das minhas outras actividades e estou escrevendo o que se chama "A solidão das fichas" que é um relato sob meu ponto de vista do Poker Brasileiro, suas lideranças, seus jogadores onde conto como as coisas iniciaram e como muita gente renunciou a ter uma vida normal para entrar de cabeça naquilo que se for feito, meia boca deixa de ser o correcto, e meus heróis e principalmente meus irmãos de profissão, Murta, Juju, Ale e Sérgio Prado tem grande parte nesse livro, relato, romance ou que for.
É uma vida confortável dizem alguns, viajam a todo o que é lugar, ficam nos melhores hotéis e tem o convívio com os melhores jogadores.
Reraise... é uma vida de renuncias pessoais, de cansaço, e aturar malas, regras e baralhões metidos a gambler.
Porém é a coisa mais linda do mundo para um sujeito fazer.
Conhecemos pessoas incríveis, cada figura meus irmãos, desde o imbecil bêbado que vem pedir pra gente interceder pra colocar fichas no seu cavalo que entrou short na mesa final até o marido infiel que pede pelo amor de deus colocar ele no chip count na cobertura mesmo nem estando registrado no torneio, e com eliminação antes do ITM assim a coitada nem um capilé a ele pede quando voltar em casa após uma noite de festa.
Existem duas formas de se fazer jornalismo no Poker, entrar no ofício para subir socialmente e economicamente, ou ser crítico e investigativo para assim desmascarar os catropiados e nocivos. Às vezes a segunda opção pode custar o emprego do sujeito, mas não tem como ir dormir em paz ou como ser honesto com quem acompanha seu trabalho se não combater práticas e pessoas que atrapalham o que hoje é uma realidade.
Antes era nacional, hoje é transnacional, enche o saco ainda que alguns reclamem que o PokerNews ou a CardPlayer sejam no Brasil apenas representadas e não nascidas aqui.
Isso me lembra aquela imbecilidade que era a lei de informática que tinha apenas uma fábrica de computadores, resultando naquelas m...... que eram fabricadas e estavam atrasadas anos a respeito da concorrência internacional, isso é papo de fuleiros ou de quem já perdeu o bonde.
Poker é jogo de competição e a imprensa tem que ser competitiva, séria, unida, mais com a obrigação de um sempre ser melhor do que o outro e com o colírio que dá quando alguém mete um furo ou uma entrevista.
Nada mais lindo que nos encontrar lá fora os quatro como sempre e colaborar para noticiar melhor.
Sabem como eu fiquei sabendo que o Alexandre Gomes caiu em Costa Rica? Foi meu amigo Murta que desceu correndo pra me avisar porque eu tinha ido ao centro de imprensa noticiar a queda da Vovo, fui lá e coloquei antes de que toda a imprensa do LAPT e tinha uma cacetada, eu apareci e tomei parabéns e tapinhas nas costas, mais o Murta era o cara.
Isso não apareceu nas minhas coberturas, esse é o nosso clima,
IMPRENSA MARROM GALERA!!!
O Ale do Superpoker, o Murta da CardPlayer, o Juju da Flop o Tevez do PokerNews, a soma de uma cambada de doidos que aguentam o mano reclamar, olha nunca saiu uma foto de mim, pó cara fotografa meu cavalo, cadê minha entrevista?
Os senhores citados acima são meus heróis, tem tanto respeito como o melhor dos jogadores e principalmente tem um excelente gosto para me avisar quando tem um capilé decente para eu fotografar de perto e fazer a alegria da malucada que nos prestigia.
Quem sabe a gente se encontra num boteco e damos umas boas risadas.
Fuiiiiiiiiiiii