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De Vendedor de Stocks até ao StoxPoker: entrevista com Nick Grudzien

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De Vendedor de Stocks até ao StoxPoker: entrevista com Nick Grudzien 0001

Existem milhões de diferentes histórias no novo mundo do poker actual. Por detrás destes anónimos (ou não tão anónimos) nomes do grande ecran, existem pessoas reais com histórias reais.

O mundo do poker online está literalmente invadido com estudantes universitários com 23 anos, (ou por baldas) que escolheram o poker como sua "profissão". São jovens, têm dinheiro nos seus bolsos, e vivem o estilo de vida de poker ao máximo.

Então o que é que acontece quando se tem filhos, uma renda para pagar e estamos com a nossa vida adulta estável… e decidimos descobrir esta coisa do poker online. Você faz bom dinheiro estando espantado para o seu computador no trabalho, apenas para fazer mais dinheiro olhando para o computador mas em casa e à noite. A coisa à noite torna-se mais divertida, e o pensamento de não ter horários para cumprir torna-se apelativo.

Nick Grudzien acabou por fazê-lo. O jovem pai de 2 crianças que trabalhava numa boutique na Wall Street, trocando equidades por clientes de alto perfil. À noite, o Nick ia descobrindo que podia bater jogos cada vez maiores, e que o poker online estava a trazer mais dividendos que os stocks. Por isso o Grudzen deixou o seu seguro trabalho na Wall Street cocoon, e experimentou ser profissional.

Nos últimos 18 meses, o Nick tornou-se num dos maiores jogadores da Internet. Lançou recentemente uma linha de vídeos que estão a tornar-se muito populares. Sentamo-nos com o Nick para falar da transição do verdadeiro mundo para o mundo online, e como a prática do futebol e do ballet podem vir À frente dos torneios de $33 com rebuys.

PN: Em qual firma trabalhava na Wall Street, e qual o tipo de troca que faziam por lá.

Nick: Trabalhava para um pequeno mas respeitado banco chamado Allen and Company, que trabalhava maioritariamente com clientes institucionais e indivíduos com muita liquidez. Trocava equidades e a minha reivindicação para a fama seria ter vendido mais acções do MSFT para o BIll Gates do que qualquer outra pessoa alguma vez tinha feito.

PN: A sua experiência no mundo da bolsa ajudou-o de alguma a jogar poker? Como? Ainda hoje se apoia nessas experiências, e qual a lição mais importante que aprendeu no mundo bolsista que possa relacionar com o poker?

Nick: Basicamente gerir o dinheiro e disciplina. O controlo emocional é fundamental para as duas profissões.

PN: O que mais mudou no mundo do poker online desde que começou a jogar? Como é que mudou o estilo dos jogadores?

Nick: A grande mudança é sem sombra de dúvidas o tremendo crescimento. O número de maiores limites de jogo atingiram valores altíssimos e parece que continua a aumentar. Boas notícias para todos nós. É muito difícil caracterizar o jogador médio, mas não existem dúvidas que há mais "profissionais" ou pessoas que fazem do poker a sua vida.

PN: Quantas horas joga por semana?

Nick: Entre 30 a 50.

PN: Como equilibra a Família e o Poker? Encorajaria os seus filhos a jogar?

Nick: Trabalhando em casa permite-me ser flexível e também jogo muitas horas à noite. Alguns dias jogo muito, mas também tenho tempo para levar os meus filhos à escola, a almoçar e fazer outras coisas de pai-filho em casa.

PN: Se vier jogar o evento principal, alguma vez pensou em participar nos torneios paralelos?

Nick: Vou jogar o evento principal, cortesia da Interpoker. Planeio jogar alguns torneios paralelos se puder – tenho a certeza que haverá muita acção!

PN: Porque é que decidiu voltar para a Califórnia? Em que zona da Califórnia nasceu?

Nick: Cresci em Palo Alto, cerca de 30 minutos a sul de San Francisco, perto da Universidade de Stanford. Ainda temos família lá e com miúdos novos a viajar e dizendo adeus após umas curtas visitas, tornou-se muito difícil.

PN: Fale-me acerca dos vídeos. Como teve a ideia de os vender? Que tipos de jogadores podem os vídeos ajudar mais?

Nick: A Stoxpoker capturou vídeos quando eu estava a jogar em 4 mesas com variantes de poker distintas, até agora já fizemos cerca de 15 vídeos e planeamos lançar 1-2 por semana. O melhor retorno que tivemos dos vídeos são os comentários. Jogar 4mesas durante 35-45 minutos facilmente se vê mais de 200 mãos e algumas situações interessantes, as quais tive de analisar alto e bom som para a audiência.

PN: Algum arrependimento por deixar uma vida real para se dedicar ao poker profissionalmente?

Nick: Existem sempre arrependimentos – eu trabalhava com pessoas que realmente gostava e tinha uma carreira segura. Agora tenho de estabelecer os meus horários, viver onde bem me apetecer e aproveitar todos os benefícios do meu trabalho. A vida é cheia de trocas e baldrocas, e para já nós estamos satisfeitos com as nossas decisões!

PN: Qual a melhor parte de ser profissional? E qual a pior?

Nick: A melhor parte é a flexibilidade, e também é a pior! Ter horas vagas num dia pode ser uma bênção e noutros dias uma grande frustração. Felizmente para mim é quase sempre uma bênção.

Simplesmente POKER.COM.

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