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Eleições na ANJP com Fraca Participação

ANJP

A Associação Nacional de Jogadores de Poker (ANJP) foi a eleições a 29 de setembro e os resultados foram dados a conhecer no dia 2 de outubro.

A fraca mobilização dos associados para a votação levou a que a ANJP escrevesse os seguinte comunicado no seu site oficial sobre a continuidade da mesma:

"Os resultados foram: 31 votantes, 29 votos na lista A e 2 votos brancos/nulos, num universo de 99 sócios.
A conclusão que retiramos destes resultados, é que a participação ficou muito aquém do esperado. A abstenção ficou próxima dos 70%, isto num universo de sócios muito abaixo do que seria expectável, tendo em conta a dimensão da comunidade de poker portuguesa.

Perante este cenário, parece-nos óbvio uma de duas coisas, ou os jogadores de poker consideram desnecessário terem uma associação que os represente, porque desconhecem o funcionamento e o poder que esta pode ter, ou os jogadores de poker não acreditam nas pessoas da única lista que se apresentou a eleições e/ou nas ideias que estas defendem.
Quando este projecto arrancou, o nosso grande objectivo era criarmos uma associação para termos voz, alguém que nos representasse de forma exclusiva, sem ficar em segundo plano perante os interesses dos apostadores desportivos. Uma associação transparente e independente, que se dedicasse, não só a esta ou aquela questão, mas a todas as questões que tivessem a ver com os interesses dos jogadores de poker.

Quando começamos a trabalhar para criar uma associação, nem sequer pensamos em ser nós a dirigi-la, sempre achamos que existiam pessoas com muito mais mediatismo na comunidade, que dariam seguramente outra visibilidade a este projecto e que permitiriam à associação ter uma voz mais forte dentro da comunidade. Nesse sentido, durante o tempo em que andamos a lutar para criar esta associação, contactamos centenas de jogadores, das pessoas mais mediáticas da comunidade, penso que teremos abordado praticamente toda a gente. Quando obtivemos resposta, esta foi, na maioria dos casos, no sentido de não fazermos nada, disseram-nos que uma associação não ia resolver nada, que os operadores resolviam os nossos assuntos e que o impacto de uma associação seria negativo. Mas também tivemos muitas pessoas, que elogiaram o nosso projeto, que nos apoiaram, algumas até monetariamente. Infelizmente, quer uns quer outros, demonstraram indisponibilidade para trabalhar connosco, “forçando-nos” a dar a cara e a candidatarmo-nos, pois de outra forma, o nosso objectivo “morreria”.

Queremos acreditar que, dos dois cenários que falamos acima, os jogadores de poker, porque não conhecem bem as pessoas que se candidataram, não acreditam nas mesmas, ou então não se revêem totalmente no nosso programa e que por isso, confundindo a árvore com a floresta, não se mostraram interessados neste projecto.
Falamos em confusão, para não dizer mesmo falta de informação, porque uma associação não se “compra” nem existem “donos” de uma associação. As associações são dos sócios, legalmente, uma direcção não pode ir contra os interesses dos seus sócios, devidamente expressos em assembleia geral, assim sendo, não faz sentido o que alguns nos disseram como “eu não me fiz sócio porque não concordo com isto ou aquilo que vocês defendem”. Se não concordam, o caminho é fácil, ou apresentam a sua própria lista e as suas ideias, ou então expressam em assembleia geral a sua discordância e pedem uma votação para saber qual a vontade dos sócios, legalmente, a direcção não pode ir contra o desejo expresso pela maioria dos sócios.

Nós sempre dissemos, que estávamos aqui para defender o que a maioria dos sócios pretendia, ouvimos sempre o que nos foram dizendo acerca dos vários assuntos, aliás o nosso programa foi escrito com base nisso. Nós nunca dissemos nem escrevemos, que só nós é que sabíamos o que era melhor para o poker, a nossa porta esteve sempre aberta a críticas e sugestões. Mas uma coisa não fazemos, que é achar que as opiniões de uns valem mais do que as de outros, as opiniões para nós valem pelos argumentos, não pela autoria das mesmas. As opiniões que temos, fomos construindo-nas ao longo deste processo, após fazermos uma pesquisa detalhada sobre os assuntos, obtermos apoio jurídico da nossa advogada, contactarmos entidades nacionais e internacionais, profissionais de outros desportos da mente, etc. Não temos qualquer problema em mudar de opinião, sobre este ou aquele assunto, mas se o fizermos será com base em argumentos sólidos, nunca com base em diz que disse e suposições, ou afirmações do género eu sou mais conhecido que vocês, logo eu tenho razão e vocês são ignorantes.

Se a razão para a pouca participação dos jogadores de poker nesta associação, é acharem que esta é desnecessária, então temos a dizer que andam pouco atentos ao que se passa. Basta olharmos para além do nosso próprio umbigo e vermos o que passa com as outras profissões, para percebermos que não existe uma única actividade legal que não tenha representação, seja através de uma ordem profissional, seja através de uma associação. E também não é preciso estar muito atento ao que se passa, para perceber que esse facto, lhes permite terem muito mais força nas reivindicações que fazem. É claro que não conseguem obter tudo o que querem, mas são ouvidos, e obtêm quase sempre mais do que aquilo que tinham antes. É óbvio que uma associação de jogadores de poker recém criada, não tem a força de outras mais antigas e/ou de profissões com outra reputação, mas o caminho faz-se caminhando, a força que temos depende do que fazemos, se nada fizermos seremos sempre fracos, se trabalharmos bem, seremos cada dia mais fortes. Além disso, para se saber se uma associação de jogadores de poker não pode melhorar o panorama de poker em Portugal, é preciso que ela exista e faça esse caminho, só aí se verá, ninguém tem bolas de cristal para saber se assim é, ao contrário de alguém que nos disse que podíamos ser a melhor associação do mundo que nada mudaria, esse é mais um exemplo de uma argumentação sem qualquer fundamento, até porque carece de qualquer forma de prova, por ser uma mera suposição baseada em nada de concreto.

Perante este cenário, não iremos assumir funções, pois consideramos que não temos representatividade junto da comunidade, não sentimos que podemos falar em nome dos jogadores de poker desta forma. Iremos manter a associação legalmente activa durante um período de cerca de um mês, com a esperança de que alguém, que reúna um vasto apoio da comunidade, se apresente a novas eleições e possa levar este projecto a bom porto, da nossa parte, tudo faremos para que isso ocorra, pois continuamos a achar muito importante a existência de uma associação de jogadores de poker.
Aproveitamos só para deixar uma palavra final, para todos aqueles que nos ajudaram a criar a 1ª associação de jogadores de poker em Portugal, muito obrigado pela vossa colaboração, sem o vosso apoio pessoal e nalguns casos monetário, sem as imensas horas que muitos de vós perderam com este projecto, sem obterem qualquer retorno, não teria sido possível dar este passo em frente. Um obrigado especial a todos aqueles que nos deram feedback acerca do que fomos comunicando e propondo, especialmente aqueles que o fizeram de forma construtiva, fundamentada, e com a humildade de alguém que sabe, que ninguém sabe tudo.

Da nossa parte, podemos dizer que lamentamos não termos sido capazes de mobilizar a comunidade para este projecto, fizemos o que achamos melhor nesse sentido, no entanto, podemos aqui e ali não ter feito passar bem a nossa mensagem. Todos somos humanos, todos erramos, quem nada faz, nunca erra, nós agimos e demos o nosso melhor. Esperemos que a comunidade consiga aproveitar convenientemente o trabalho que foi feito."

O comunicado está escrito no site da associação em www.anjp.pt. No mesmo site, todos os interessados podem tornar-se associados e votar nas possíveis novas eleições.


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Sharelines
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