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Um Olhar Compreensivo ao Adiamento da Mesa Final do WSOP, Parte 2

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Apesar do adiamento dar á ESPN e ao resto dos media, tempo para conhecerem os jogadores, não serão 117 dias de falatório. Espera-se uma curva inicial de publicidade quando os nove finalistas forem encontrados, particularmente dentro da comunidade do poker. As atenções dos media, no entanto, só ganhará projecção quando a mesa final estiver perto. A semana entre o 'Final Table Preview' e a transmissão final deverá ser a mais intensa.

Ao contrário das mesas finais do passado, onde participam jogadores desconhecidos, os amantes do poker poderão ver estes jogadores em acção, criticar as suas jogadas, e aprender as diferenças entre eles. O suficiente pelo menos para torcer por alguns e contra outros jogadores. Tudo fica mais interessante quando os fãs têm a possibilidade de torcer por alguém.

Quando os nove finalistas ocuparem os seus lugares a 9 de Novembro, Pollack compara esse momento a uma grande campeonato desportivo, dizendo, "Achamos que vai ser a maior noite de sempre no poker!", e continuou, "Haverá bastante espaço para o público. Esperamos que os maiores nomes do poker apareçam, estejam ou não a jogar na mesa final." Pollack também aguarda "um saudável contingente de estrelas da televisão, musica e cinema, tal como se vê nos campos da NBA com celebridades, fãs e famílias."

O programa completo para essa noite ainda não está completamente definido, mas deverão fazer a apresentação dos prémios de Jogador do Ano WSOP e para o WSOP Hall of Fame. Assim que as cerimónias estiverem completas, os jogadores voltam ao jogo no ponto onde tinham deixado há uns meses, e jogam até aos últimos 2. Depois param novamente, e ESPN começa e editar o seu episódio de 2 horas.

Os dois finalistas regressam na noite seguinte (10 Nov.) para jogar pela vitória no torneio. Esperam que o vencedor seja encontrado por volta da meia-noite, e o episódio da ESPN irá para o ar cerca de 18 horas mais tarde ás 21:00 ET a 11 de Novembro.

Porque Não Transmitem a Mesa Final em Directo?

A mesa final vai ser transmitida não em directo, mas com um dia de atraso. A ESPN vai editar toda a acção num episódio de duas horas, e transmiti-lo no dia seguinte ás 21:00 ET.

E porque não ao vivo?

Existem basicamente duas razões para uma mesa final ao vivo: (1) Agendar um bloco de 10 horas e deixar os fãs assistirem durante horas a roubos de blinds; ou (2) acelerar a estrutura para assegurar que se encontra um vencedor em 3 horas. Os fãs casuais não se interessam pela opção #1, o que era mau para as audiências. Os jogadores e os verdadeiros fãs revoltavam-se com a opção #2.

Para que conste, a estrutura do torneio não foi alterada de forma alguma; foi algo acordado durante as negociações.

Apesar de não se poder assistir ao torneio ao vivo como no ano passado em sistema pay-per-view, haverá na mesma reportagens em directo pela Internet. (A PokerNews estará lá a acompanhar toda a acção e a dar-lhe todas as informações). Não haverá qualquer corte aos media, e nenhum jogador será 'sequestrado' em algum ponto do torneio. Os fãs com acesso á Internet que quiserem saber os resultados, vão encontrá-los facilmente, como também será fácil não saber de nada, se for essa a sua opção. (Evite sites de poker por um dia ou dois.)

Se tudo correr bem, o resultado final será um dos mais atractivos – e esperamos, mais visto – torneios televisionados de poker na história. Pollack diz, "Agora, os fãs do poker podem antecipar quem vai ganhar, em vez de apenas falarem de quem ganhou." Toda esta ansiedade e especulação deverá intrigar ainda mais os fãs casuais e atrair novos adeptos que ficarão curiosos sobre o que se está a passar.

O Pior Cenário: Collusion/ Jogadas Propositadas/ Morte

Muitos jogadores anunciaram as suas preocupações sobre os piores cenários. Normalmente enquadravam-se nas categorias de jogadas propositadas (collusion, ameaças de morte) ou na possibilidade de falharem a mesa final devido a encarceração, doença ou morte.

As regras sempre cobriram estes três cenários, e mantêm-se as mesmas para este ano. A regra 52 da Lista de Regras de Torneios do WSOP diz, "Quando um jogador for desqualificado devem ser removidas as suas fichas do jogo sem direito a indemnização. Qualquer jogador que não esteja presente por doença ou qualquer outra razão pessoal após o início do torneio verá as suas fichas serem 'blinded out'."

Se um jogador não poder estar presente na mesa final por qualquer razão, as suas fichas permanecerão em jogo pagando as blinds e antes até ser eliminado, e será pago de acordo com a posição que terminar. Pollack admite que não podem assegurar todas as eventualidades, mas a sua equipa está preparada para resolver todos os assuntos que possam aparecer, de forma a que todos regressem a Las Vegas.

Alguns críticos dizem que com este adiamento aumenta a possibilidade de interacção entre os nove finalistas, aumentando exponencialmente as hipóteses de collusion. Mas este não é nenhum anónimo sit&go; é provavelmente a mais difícil situação no mundo para fazer collusion. Os jogadores vão andar rodeados de cameras onde se vai poder assistir ás cartas de cada um deles. Se houver suspeita de collusion, esse jogador será desqualificado, perdendo o seu prémio, e ficando proibido de jogar para sempre os eventos do WSOP. Considero este um forte impedimento, mas alguns são mais críticos que eu.

O pior cenário que os críticos mencionaram foi as ameaças de morte, ou contratar um atirador para eliminar o chip leader ou o adversário mais competente. Mais uma vez, devido á exposição dos jogadores relativamente aos media, tornam a situação mais difícil de acontecer (alguma suspeita de ameaça levantaria logo questões de reforço de segurança). Claro que, vários milhões de dólares estão em jogo em todos os grandes eventos desportivos, e as estrelas dessas equipas não estão com medo de assassinos. Porquê que o Ernie Els não mandou eliminar o Tiger Woods? Além do fiasco da Tonya Harding – Nancy Kerrigan no início dos anos 90, este tipo de cenário é mais provável em filmes do que na realidade.

Apesar de haver algumas preocupações negativas, Pollack e a sua equipa estão confiantes que os factores positivos são muito mais numerosos. Pollack já esperava que houvessem criticas, e estava preparado para elas. "Não seria a primeira vez que seríamos criticados – ou, criticado – por fazer algo que alguns achem que é muito grande ou ousado. Mas o progresso vem com os seus detractores. O nosso percurso nos últimos três anos mostrou que conseguimos respeitar a história, tradição e o espírito do WSOP, conseguindo ao mesmo tempo inovar em beneficio das pessoas que participam e do jogo na globalidade."

O Main Event Já Não É o Que Era

Qualquer que seja a sua opinião sobre o assunto, este novo formato é a realidade para 2008. Se fez o pre-registo e recusa-se a participar neste formato, a Harrah's está na disposição de lhe devolver o valor da entrada.

Se considerar estas mudanças, acho que deve perguntar a si mesmo uma questão fundamental: "Qual a natureza do Main Event do WSOP?" Muitas pessoas ainda o vêm como antigamente – um campeonato de elite, com vencedores respeitados como Doyle Brunson, Stu Ungar, Johnny Chan, e sim, Phil Hellmuth. Mas esses dias morreram com o MoneyMaker e as cameras para se ver as cartas.

Antes da vitória de MoneyMaker, este era um evento diferente. Havia maus jogadores, mas poucos. Nos últimos anos, os 'fish' invadiram os 'sharks' numa escala de 10:1. Com centenas e centenas de entradas ganhas em satélites havendo cada vez mais 'fish' comparativamente aos profissionais todos os anos, é pouco provável que o vencedor do Main Event será alguma vez respeitado como o melhor jogador do mundo.

Naquela altura, era um evento anual onde os melhores do mundo apareciam para jogar um torneio de poker de $10,000. Nos dias que correm, há vários torneios parecidos quase todos os meses.

O Main Event do WSOP tinha de mudar, ou perder relevância e tornar-se apenas "outro torneio de poker". O mercado mostrou haver uma grande procura para o Main Event (para alguns é o único grande torneio do ano), por isso a Harrah's manteve o buy-in baixo e expandiu a capacidade para garantir que todos os que tivessem $10,000 podiam jogar o torneio. É o evento desportivo mais democrático na história, e onde surgiu a frase:

O Main Event do WSOP. Todos podem jogar. Qualquer um pode ganhar.

Deixou de ser um verdadeiro campeonato, e tornou-se num diferente tipo de torneio. Baseou-se no tamanho (Maior field! Maior prémio!) e numa celebração/exibição do nosso jogo para o mundo fora do poker; muitos pensam que é o único torneio que se realiza todos os anos.

Se olhar para o Main Event desse ângulo, esta mudança encaixa perfeitamente. Aumenta a exposição televisiva, a atrai mais pessoas e patrocinadores para o jogo. Isto não sobre o melhor dos melhores, é sobre o maior dos maiores.

Para aqueles que sentem falta do verdadeiro campeonato, devem voltas as suas atenções para o Evento #45: $50,000 H.O.R.S.E. É tudo aquilo que o Main Event já foi: um campeonato de elite com os melhores jogadores do mundo. Cada mesa um mini-jogo All Star.

Eu estou á espera que alguns dos críticos boicotem estas mudanças ao Main Event ficando sit out, mas acredito que pouco se vão notar com o número que irá participar devido a estas mudanças. Os que aguardam pelo verdadeiro campeonato deve polir o seu reportório fora do hold'em, pegar em $50,000 e agarrar o seu lugar junto a Barry Greenstein, Phil Ivey, e Daniel Negreanu no mais difícil torneio do ano. A vitória dá um prémio de sete dígitos, o respeito dos colegas, e o prémio David "Chip" Reese.

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