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WSOP – Phill Helmuth ganha a 10ª Bracelete do WSOP

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A excitação era quase palpável na sala do Amazon Room na passada terça feira. Quatro eventos na agenda (1º dia do torneio de $1,500 No Limit 'Em, 2º dia do $5,00 Deuce to Seven Lowball com rebuys, 2º dia do $1,000 Seven Card Hi-Lo e do $1,500 Limit Hold'Em Shootout). Mas a atenção dos espectadores estava sem dúvida alguma voltada para a mesa final do torneio de $1,000 No Limit Hold'Em com rebuys.

Depois de dois dias de jogo, os 734 jogadores ficaram reduzidos a 9, numa mesa final repleta de talento. Estavam não só grandes nomes do poker mundial, mas um em particular que espreitava a oportunidade para fazer história. Os jogadores sentaram-se no início da mesa final assim:

Posição 1: Professional de topo, Rafael "Ralph" Perry, 235,000 fichas

Posição 2: Jogador online, Terris Preston, 164,000 fichas

Posição 3: Capitão da Equipa PokerNews e jogador com menos fichas, Tony G, 77,000

Posição 4: Campeão do circuito WSOP, John Spadavecchia, 122,000 fichas

Posição 5: Elio Cabrera, 95,000 fichas

Posição 6: Profissional David "C4" Plastik, 121,000 fichas

Posição 7: Profissional Finlandês Juha Helppi, 436,000 fichas

Posição 8: Líder em fichas, Phil Hellmuth, 768,000 fichas

Posição 9: Daryn Firicano, 450,000 fichas

É óbvio que o Hellmuth estava aqui para poder completar a conquista da dezena de braceletes do WSOP. Das outras duas mesas finais deste ano no WSOP, esta parecia a sua melhor oportunidade de conquistar a sua décima bracelete, uma vez que chega à mesa final com o maior número de fichas de entre os 9 jogadores. Contudo, teria de superar muito talento para conseguir tão almejado troféu.

Após terem queimado os últimos 27 minutos do dia anterior, e antes de chegarmos a 6,000/12,000 de blinds e 2,000 de ante, os jogadores tiveram direito a um intervalo de 10 minutos. Quando recomeçaram o jogo, o Ralph Perry andava desaparecido, perdendo assim a sua small blind (SB). Protestou dizendo que pensava serem 15 minutos de intervalo, não ouvindo o director do torneio dizer que seriam 10 minutos, uma vez que estava a ouvir música com os head phones. Embora estes comentários possam parecer brandos, foi o mote para o que se avizinhava na mesa final.

O Tony G era o jogador que estava com menos fichas, e tentou a sua sorte várias vezes empurrando as suas fichas para o centro da mesa, mas não tendo correspondência dos outros jogadores. Mas… na 18ª mão… ele foi all inn contra o Elio Cabrera, que era a SB. Desde o início que não parecia muito famoso este movimento por parte do Tony G; a sua tentativa de roubar as blinds com Q-2 foram goradas quando deu de caras com o A-10 do Cabrera, não melhorando com as cartas comunitárias; saindo assim no 9º lugar.

Á medida que a acção se desenrolava, o Hellmuth e o Ralph iam tagarelando acerca do facto do primeiro ir mostrando as suas cartas na mesa. O director do torneio informou Perry de que o Hellmuth tinha sido avisado em relação a este aspecto, mas parece que esta justificação não o satisfez. Os dois continuaram com as discussões à medida que o button ia navegando pela mesa e pareceu-me que esta discussão afectou mais o Ralph do que o Hellmuth.

Talvez a discussão tenha levado a que na 37ª mão desta mesa final, os dois se tivessem confrontado. O Perry fez um raise para 42,000 fichas, ao que o Hellmuth respondeu com um all in desde a SB. O Perry fez call instantaneamente só para ver o seu par de noves esbarrar no par de valetes do Hellmuth. Um valete no flop selou a eliminação do Ralph Perry que ainda viu um cinco sair no turn para de uma vez por todas abandonar a sua cadeira, saindo assim na oitava posição.

Passadas apenas 6 mãos o Hellmuth já tinha feito a próxima vítima na mesa final. O Davis Plastick foi all inn com JJ na esperança de poder dobrar as suas fichas, até que viu o par de AA do Hellmuth a cair na mesa. Quando viu 3-3-Q-Q-5 na mesa, o David cumprimentou os adversários e disse adeus ao torneio na 7ª posição.

Após um intervalo e com as blinds já em 8.000/16.000 e 2,000 de ante, deu-se lugar a uma mão com três intervenientes: o under the gun, Hellmuth, o small blind, Elio Cabrera e o Big Blind, Juha Helppi. 9-Qd-K no flop; Cabrera check, o Helppi aposta 45,000 e o Hellmuth raisa para 145,000. Com uma ratoeira muitíssimo bem montada, o Cabrera vai all inn, levando a que o Helppi foldasse. O Hellmuth fez call mostrando um inocente Kd-5d. O Cabrera mostra as nuts para o str8 com J-10. 2d no turn abriu mais algumas portas para o Hellmuth, e o miraculoso runner runner 7d veio no river. O Cabrera atirou a sua cadeira ao chão, fazendo com que o Hellmuth respirasse de alívio, eliminando assim mais um jogador, desta vez na 6ª posição.

Quando o Elio se afastava da mesa, o Hellmuth fez uma coisa que normalmente não se vê na televisão. Ele pediu o microfone ao director do torneio e disse em voz alta: "O Elio conseguiu jogar aquela mão muito melhor do que eu. Ele merecia aquela muito mais do que eu. Eu apenas tive sorte." Não só apertou a mão ao Elio mas também deu uma palmadinha nas costas, coisa nunca antes vista nas suas aparições televisivas.

Entretanto o John Spadavecchia tinha decidido que era altura de fazer a sua jogada, e fê-lo. Primeiro dobrou as suas fichas através do Hellmuth, e na 57ª mão entrou num pot com 3 jogadores, Hellmuth e Terris Preston. Após um flop Q-5-4, o Preston fez check levando com uma aposta de 50,000 por parte do Spadacevvhia. Isto foi o suficiente para demover o Hellmuth de continuar nesta mão, mas o Terris foi all inn levando com um call do ansioso John com apenas Q-7. Foi suficiente, uma vez que o K-J do Terris eclipsou-se noutra Q no turn, fazendo com que abandonasse na 5ª posição.

Para terem uma ideia de quão deliberados eram os últimos 4 jogadores, só vos digo que após 28 mãos os jogadores foram jantar às 6:30. Voltaram com as barrigas cheias e jogaram um nível inteiro com as blinds a 10K/20K e ante de 3K, sem significativos momentos de registo. Isto deu 75 mãos sem que houvesse uma mudança significativa no número de fichas de cada jogador, mas fazendo crescer o número de espectadores que ansiavam um deslize por parte de um dos participantes.

Demorou apenas 3 mãos para que ficássemos a conhecer o 4º classificado, quando as blinds estavam em 12K/24K e ante de 4K. O John que estava com poucas fichas foi all inn com Q-8, tendo à sua espera na big blind o Phill Hellmuth com A-10, e uma vez que no flop veio A-6-A, o John só teve tempo de cumprimentar os restantes 3 jogadores antes de sair da mesa num honroso 4º lugar.

Apenas com três jogadores, a mesa final encontrava-se assim:

Hellmuth 1.2M

Helppi 780K

Firicano 500K

O entusiasmo ainda não tinha acabado. O Hellmuth dobrou o Firicano, que por sua vez dobrou o Helppi, tendo a acção chegado a ter momentos de violência em termos de fichas. O Firicano frustrou o Hellmuth porque utilizava as técnicas de "Matem o Phil", mantendo assim os outros dois jogadores desconcentrados com estas acções. Após a poeira ter assentado, o Juha Heppi estava na liderança com 900K contra as 800K de Hellmuth e do Firicano.

Com as blinds em 15K/30K e 5K de ante, o Helppi finalmente encontrou uma mão que pudesse combater a estratégia do Firicano. Após um raise do Juha, o Daryn fez um all in previsível, levando com o olhar espantado do Juha. O Helppi escolhera bem, uma vez que o seu A-10 era ligeiramente favorito contra o K-Q do Firicano. Uma vez que as cartas da mesa não ajudaram nenhum dos dois, o Daryn Firicano abandonou no 3º lugar.

Com apenas 2 jogadores, a 10ª bracelete do Hellmuth não parecia muito fácil de conquistar, tendo os jogadores:

Helppi 1.6M

Hellmuth 800K

O Helppi desgastou as fichas do Hellmuth, no que parecia ser o fim do torneio. Mas na 203ª mão, o Helppi fez raise para 90K fazendo com que o Hellmuth correspondesse com um all inn. É claro que o Helppi fez call. Os 5-5 do Hellmuth eram ligeiramente favoritos contra o A-6 do Juha, mas o flop ajudou ambos. 5-K-J de ouros deram o trio ao Helmuth, mas também a possibilidade do Helppi fazer flush. A Q de ouros caiu no turn, dando assim o flush a Heppi. Agora o Hellmuth só poderia esperar que repetisse uma das cartas da mesa e… foi o que aconteceu, quando a Q de copas caiu dando assim ao Hellmuth um novo alento para a sua conquista; e praticamente empatando os 2 jogadores em número de fichas.

Após mais 25 mãos, os dois encontravam-se praticamente empatados quando decidiram aumentar a acção na mesa. O Hellmuth fez um raise desde o button levando a que o Helppi fizesse all inn tão rápido como o call do Hellmuth. O Hellmuth mostra KK contra A-10 do Helppi. Não veio um A salvador, levando o Hellmuth a comandar o torneio.

Por esta altura os espectadores estavam muito excitados com a possibilidade de poderem assistir a um feito histórico nas WSOP. Apenas 6 mãos depois, acabou-se a acção com os dois jogadores a empurrar as suas fichas para o centro da mesa. A-9 para Helppi contra A-J do Hellmuth, e um flop em branco selou a 10ª vitória de Phil Hellmuth nas WSOP. A multidão entrou em delírio com esta conquista!

Resultados finais:

1. Phil Hellmuth, $631,863

2. Juha Helppi, $331,144

3. Daryn Firicano, $187,219

4. John Spadavecchia, $163,817

5. Terris Preston, $140,414

6. Elio Cabrera, $117,012

7. David Plastik, $93,610

8. Rafael "Ralph" Perry, $70,207

9. Tony G, $46,805

Após terminado o torneio, viu-se um Phil Hellmuth a gatinhar na mesa, dando palmadas nas mãos dos fãns e desfrutando do momento (por um período mais longo) com a sua mulher, mãe e pai. O John Bonetti, amigo de longa data, abraçou o Phil e mesmo o Mike Matusow juntou-se à festa enquanto o Phil apreciava o momento.

"Eu disse que daria $1.000.000,00 para ganhar mais um destes torneios, e agora aconteceu mesmo!" Exultou à medida que caía numa cadeira. "É verdade, não é?" Sim, Phil, é muito real – ouviu, à medida que se juntava à elite de Doyle Brunson e do Johnny Chan com dez braceletes cada!

Nota Ed: o Phil mostrará as suas dez braceletes na ULTIMATE BET todos os dias. Não lhe parece bem?!

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